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domingo, 15 de abril de 2012

Nunca fui como todos
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favorita
Nunca fui o que meus pais queriam
Nunca tive alguém que amasse
Mas tive somente a mim
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento
não vivo sozinha porque gosto
e sim porque aprendi a ser só...
Florbela Espanca

sábado, 14 de abril de 2012

Fanatismo .


O encaixe






Somos em laço
A troca de conversas 
E os conselhos florais.

Somos em troco 
o laço do romance
Flores do jardim matinal.

Somos da noite
A historia dos poetas 
Que nos descreve em linhas

Somos de nós 
O aconchego 
A essência de anos atrás ... 



O Mar é justo
Quando trás 
E quando 
Quer levar.


O Mar é abrigo... 
A minha desordem 
Do Amar.

Meus olhos te viram tristeOlhando pro infinitoTentando ouvir o som do próprio gritoE o louco que ainda me restaSó quis te levar pra festaVocê me amou de um jeito tão aflito
Que eu queria poder te dizer sem palavrasEu queria poder te cantar sem cançõesEu queria viver morrendo em sua teiaSeu sangue correndo em minha veia
Seu cheiro morando em meus pulmões....

domingo, 8 de abril de 2012

Talvez esteja tão esgotada que nem mesmo o sutiã saiba abotoar mais. Vestes florais ou enxadrezada não lhe cabem mais. Tênis, meias ou qualquer calçado não lhe servem em dias iguais. Olhos rasos, nicotina entre ela e o quarto a satisfaz. Lhe cabe hoje, o dia que foi, vagaroso e de chuva chorosa, roupa de dormir desde a hora que acorda. Livros não lhe cabem a atenção, nem fotografias, nem fantasias, nem um quê de opinião.


Dias assim, devemos excluir do calendário. 

Dai-me Solução





Vou- me na ordem 

Do meu quarto
Desarrumado
Quero mesmo uma solução
Para essa falta de sossego...
Que é estar longe do teu corpo são...







Estou precisando sobreviver às minhas expectativas. Ando aguardando demais os meus sonhos, flutuando demais sobre um mundo em que eu deveria ter aprendido a manter os pés firmes no chão. E eu não quero dizer adeus, eu não quero apagar todas as histórias que escrevi, não quero deixar dentro da caixa as minhas vitórias. Mas é que hoje todas as minhas conquistas andam desgastadas. Quero tanto mostrá-las, mas ninguém quer ver além do que uma simples caixa bem feita. Todavia, precisei de um pouco mais de tudo. Precisei demais de um amor, precisei demais de uma atenção exagerada. Morei sob o mesmo teto que a distância – o abismo – e aqui dentro nunca foi suficiente para as toneladas de carinhos. O que vale um carinho, se o vazio está perfurado de incompreensão?
Sei que ando perdida, sei que ando precisando demais de mim mesma. Precisando sentir mais, sentir para escrever, sentir para declarar. Estou precisando de músicas que dancem comigo, precisando de pessoas que consigam me dar sorrisos sem que eu peça. Ando cansada das poesias fajutas, das palavras ilusionárias.
Prendi-me demais dentro de mim mesma e, sinceramente, não quero sair. Quero conquistar tudo sozinha. Acho que o grande desafio da vida está aí: batalhar por tudo que se quer, sozinha. Ninguém fará isso por mim, sou eu e eu; ninguém nem nada mais.
Cansei de depender de amor, depender de carinho para viver. Alguém me disse que não é só de amor que se sobrevive. Pronto, estou decidida, vou deixar o meu coração sozinho por um tempo, ele precisa se acalmar um pouco… Ele já pulou demais, precisa de descanso. Está na hora de trancar dentro deste baú apenas o necessário. Livrar-me do romantismo, das cartas de amor; mas ainda pertenço a algumas… Como aquele pedido que eu nunca deixei ser enviado:

Se perguntarem por mim, diga que fui embora para bem longe, diga que não quero viver para ele, não quero viver para mim, quero os momentos. Diga que a culpa não foi minha, que a culpa não foi dele. Foram as palavras, elas iludiram demais, as palavras foram a água que nos afogou. Apenas diga que vou me lembrar dele como alguém vago, diga que vou guardá-lo aqui dentro e que, todas as vezes que eu disse que o amava, era verdade. Diga que o recado é um pouco longo, mas eu preciso que ele entenda que eu não posso me prender ao impossível, não posso mais me prender aos quilômetros. Diga que agora ele pode contar que “nós” existimos, que as ligações e todas as juras banais de amor foram reais. Que ele foi o meu príncipe, e que não foi meu amor fictício… Porque estou indo embora, e não quero levar vestígios dele comigo. Diga também que eu peço desculpas por não querer levá-lo dentro da minha mala. Mas preciso preenchê-las com outros… Outros melhores do que ele, que eu sei que existem.

Virei apenas passagem de ida e volta para as pessoas… Para qualquer um. Está mais que explicado que amor nunca foi feito para mim. Ando desistindo até de comédias românticas! Preciso de filmes de drama, de realismo, preciso enxergar que não sou a única a escolher viver sozinha, que não só eu que tem uma vida refém da dor.
Que solidão
Solidão que me invade
Solidão que me amarga a alma
Essa dolorosa injeção no coração
que formiga a carne
Solidão minha. Solidão da vida
Vida sem amargura, não existe.
Não existe vida sem se permanecer a dor.

Para mim, para você. Despedida nunca enviada. Vivendo sem amor. Vivendo por momentos. Vivendo apenas por escrever.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Dissestes que se tua voz
Tivesse força igual
À imensa dor que sentes
Teu grito acordaria
Não só a tua casa
Mas a vizinhança inteira...
Eu não quero mais ver. Eu não quero. Por que coisas melhores estão por vir. O medo vivia constante. Mas ai, eu lembro do sol brilhando, devolvendo o calor no meu corpo, lembro de ver ele indo embora, pintando o céu de laranja, outras vezes, de rosa. Vejo a lua, e passo a noite paquerando ela. Aprecio a beleza das estrelas, elas me encantam. A lua se esconde pra fazer charminho, e eu me encanto mais. Boba que sou. Derrubo a aguá em meu corpo, como um isolante, aguá, que por sua vez, é fascinante. Lembro do vento levantando meus cabelos, lembro de sentir que algo novo vinha. Lembro de sonhar, e ver um rosto. Do qual, me lembro quem é. Ai essa vida. é tao simples, agente é quem complica. A simplicidade me encanta.

Graziele Oliveira 

Coisas vão, coisas vem...

Aprendi nos últimos dias, a não me preocupar tanto porque as coisas vão embora...
Sinceramente, as vezes fico com uns pontinhos de angustia no coração. Porque se algo sai da sua vida, é porque algo melhor estar por vir. Mas não posso te dizer que, virá no outro dia, nem que, não vai demorar muito. Agente tem que ter paciência. Nem tudo é como agente quer né?  Mas lembre se, se já não começou com uma boa base, não é com o tempo que ela virá.